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5 de agosto de 2011

o tempo tem asas?



Lembras-te de quando te disse que não passava de uma questão de tempo para esquecer o que sentia por ti? Ou melhor que me ia deixar de importar contigo porque era uma coisa do momento? Bem parece que afinal não é bem assim. Não é tão fácil como pensava. Podia arranjar desculpas para explicar porque não o fiz, mas na realidade não sei como. Podia dizer-te que os meus relógios estão todos estragados, que me esqueci de lhes mudar a pilha mas eu sei que não irias acreditar.
Desculpa nunca te devia ter prometido uma coisa que não sabia que não iria cumprir, às vezes esqueço-me deste meu coração tonto que não sabe quando nao se deve meter nos assuntos indicados, e bem na altura, esqueci-me dele.
Os segundos passam, os minutos passam, as horas passam, os dias passam, podia voltar a dizer-te que continua a ser uma questão de tempo, mas acreditarias em mim?
Estou certa que não, quem iria acreditar num coração tresloucado como o meu?
E o tempo. Mas o que é o tempo se não passa a teu lado? O que é o tiquetaque contínuo de um relógio que deixou de funcionar? Mas o que é o tempo? Podia arranjar inúmeras definições mas acho que nenhuma seria suficiente. O tempo, o tempo é o que passa e ninguém dá por ele, é o que nos ajuda a crescer e a esquecer, é o que nos faz aperceber e redimir do que fizemos. É o que dura desde o momento em que partiste para o momento em que vais voltar.
E eu queria muito poder dizer que os dias são nossos, queria poder dizer que lhes mudei a pilha e arranjei esses relógios loucos, que mudei de coração deixando de parte este perigoso e prestes a explodir coração relógio. Eu queria poder contar os primeiros dias duma vida a teu lado, que seria certamente a minha melhor. Eu queria, mas não posso.
E o tempo, passa com a correria de sempre, e eu corro atrás dele com medo de ficar para trás enquanto tu já me deste um grande avanço e já te encontras no futuro enquanto eu ainda te vejo do passado. E eu continuo a ser enganada todos os dias por estes relógios que pararam no tempo deste o momento em que saiste. E as horas passam e tu não queres saber onde me encontro.
Mas vem, vem à mesma, vem-me buscar. Não quero ficar presa a estes relógios avariados pelo tempo que só tu sabes arranjar.
Mas tu não vens, tudo bem eu já sabia.

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